segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sonho olímpico de Anderson Silva para 2016 só é possível no taekwondo

Campeão dos pesos-médios do UFC já ultrapassou limite de idade do boxe e, por ser profissional no MMA, seria impedido de lutar na modalidade

Por Adriano Albuquerque 
Rio de Janeiro 
Combate SporTV 

O campeão dos pesos-médios do UFC, Anderson Silva, declarou na terça-feira que gostaria de representar o Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, ou no boxe, ou no taekwondo. Sua vontade, todavia, encontra alguns obstáculos. O Spider não poderia competir no boxe, pois já ultrapassou o limite de idade para pugilistas olímpicos e é atleta profissional em outro esporte, o MMA. No taekwondo, não há nenhum dos dois empecilhos, segundo dirigente da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd), mas a entidade teria de avaliar diversos critérios usados para a seleção de seus representantes nos Jogos. Anderson Silva deu seus primeiros passos nas artes marciais no taekwondo e atualmente é embaixador do esporte no país. Segundo o consultor-executivo da CBTkd, Márcio Silmar, o interesse do lutador é bem-vindo, mas seria necessária uma discussão para avaliar a viabilidade do projeto tanto para a confederação, quanto para o lutador. Como país-sede das próximas Olimpíadas, o Brasil pode classificar dois homens e duas mulheres no taekwondo e disputar quatro categorias distintas das oito que fazem parte do programa olímpico. - Existe um ranking nacional, existem seletivas, e não podemos deixar de cumprir regras básicas do nosso esporte. A idade não é uma questão impeditiva. O atleta que é configurado como atleta de taekwondo é amador. Se ele quiser configurar isso de maneira formal, teríamos de avaliar uma série de fatores para ambos os lados. Qualquer coisa que venha do Anderson Silva é muito gratificante, mas se essa intenção dele se configurar tacitamente numa vontade, é uma questão a se conversar. Hoje, ele é nosso embaixador - afirmou Silmar ao SPORTV.COM. No boxe, modalidade em que Anderson já fez uma luta profissional, sua participação está completamente descartada. O limite de idade para um pugilista masculino no boxe olímpico é de até 34 anos - Anderson Silva fez 37 anos em 2012. Além disso, o status de profissional do Spider em outro esporte já o desclassifica. Outro campeão do UFC que já expressou uma vontade de disputar o boxe olímpico, Junior Cigano, também está descartado pelo mesmo motivo. O presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro José da Silva, lembrou de um caso em que uma boxeadora das Antilhas Holandesas foi campeã num torneio pan-americano e acabou desclassificada quando foi comprovado que era lutadora de Full Contact. - Eu estava na comissão de arbitragem, e logo que a luta terminou, os americanos já tinham a documentação pronta. Não é só o atleta que é punido, mas a delegação inteira - contou o dirigente.

Nenhum comentário :

Postar um comentário